O Semeador
baseado no livro o
Semeador
Divaldo Pereira
Franco pelo espírito Amélia Rodrigues
Personagens :
Professora
Angélica
Passageiro
do trem
Criança 1
Criança 2
Pai de
aluno
Mãe de
aluno
Alberto
Cena 1
( cadeira, a professora sentada e o passageiro)
Narrador (a) : O professora Angélica não era considerada
equilibrada, em razão das suas esquisitices.
Seus alunos do Ensino Fundamental a achavam estranha !
Era excelente mestra, mas muitas vezes nas suas viagens de
ida-e-volta do lar â escola, era pega fazendo gestos*que não combinavam com sua
posição de Educadora
* ( Professora começa a agitar as mãos )
Ela morava numa cidadezinha e ensinava numa vila próxima e
diariamente tomava o trem e quase sempre
sentava no mesmo lugar.
Cena 2
(entra duas crianças e dois moradores e ficam olhando para o
trem)
Criança 1: Acho que a professora Angélica é maluquinha !!
Criança 2: Será que ela perdeu algum " parafuso"
Criança 1 e Criança 2 : riem juntos
Pai de aluno : Ela é uma boa educadora ( com malícia)
Mãe de aluno : É , pena que é completamente doidinha !!
Todos : riem
Cena 3
Narrador (a) O tempo foi passando e várias gerações
receberam da bondosa professora
ensinamentos valiosos e abençoados. Ela era gentil , calma e com boas maneiras,
porém não muito compreendida. Envelhecia no exercício do dever.
( Professora entra mais velha e senta no velho trem).
Cena 4
( entram Alberto e as crianças)
Narrador (a) :
Sentaram-se no mesmo trem várias crianças da mesma classe, que
começaram a imitar maliciosamente os gestos da professora.
Alberto por sua vez
gostava muito da professora e sentou-se com ela.
Alberto :
Professora, por que você insiste
em continuar com essas atitudes loucas ?
Professora : Que deseja dizer, meu filho ?
Alberto : Você fica dando adeus para os animais, nos pastos,
abanando as mãos....Isto não é loucura ?
Professora : (sorrindo)
Veja está bolsa, percebe o que tem há ai dentro ?
Alberto : sim
Professora : Sabe o que é ?
Alberto : Não, senhora.
Professora : É pólen de flores e sementes . Observe bem .
Quase vinte anos que eu passo por este caminho. A estrada antes era feia,
árida.
Eu tive a idéia de embelezar, semeando flores. Alberto na
vida todos somos semeadores.
Narrador : E ela lhe disse que: " Na vida há uns que
semeiam flores e descobrem belezas, perfumes, frutos e outros que semeiam
espinhos e se ferem na pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja
o mal.
Professora : Feliz daquele que por onde passa deixa sementes
de amor, de bondade, de flores... Nunca se esqueça disso.
Alberto: Sim professora, eu também hei de semear flores....
Muito obrigada !
Narrador : As sementes caíram em terra boa e produziram
flores e frutos.