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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O MAIOR BREJO DO MUNDO


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NARRADOR: No brejo, uma verdadeira orquestra de sapos coaxavam: croac... croac... croac...
SAPO ELEOTÉRIO: Uaaaaaaaaaaaa! Que tédio! Choveu demais, não agüento mais essa monotonia do brejo. Um mergulhinho aqui outro ali, nada muda. Os mesmos insetos insonssos de sempre. Como eu gostaria de me mudar desse brejo!
SAPO DIMAS: Cuidado, amigo, sapo que pula de brejo em brejo pode acabar caindo na boca de uma cobra.
ELEOTÉRIO: Sapo de fora não chia! Lá vem você, Dimas, com seus avisos. Que mal pode haver em querer progredir na vida? Você está é com inveja de mim! Não entendo como esses sapos se contentam somente com esse charco, com essa água parada.
DIMAS: Eleotério, somos sapos e temos um papel importante na Natureza.
ELEOTÉRIO: Que papel? Comer moscas? Chega disso! Eu quero conhecer o mundo, viajar... Dizem que não muito longe daqui existe um grande brejo, de tão grande tem até marola, ondas curtas.
DIMAS: Cuidado, Eleotério, você pode se arrepender. Nós sapos, colaboramos com o homem para o equilíbrio do ecossistema. Mas eu já sei o que você deseja: ser beijado por uma princesa e virar um príncipe!
ELEOTÉRIO: Não seria má idéia. Mas chega dessa conversa de “eco”. Eu quero é viajar, conhecer outros sapos e sapinhas. Não adianta, nunca vou me conformar em viver aqui nesse brejo. Vou embora daqui amanhã, vou ser feliz.
DIMAS: Já ouvi dizer que nesse brejo a água é salgada.
ELEOTÉRIO: Deve ser mentira, isso é história de algum sapo invejoso. Onde já se viu isso? Água salgada! Era só o que me faltava. Recuso-me a comer esses insetos desse brejo. Tchau!!
NARRADOR: Embrenhando-se na mata, lá foi Eleotério saltitando atrás do brejo que fazia ondas. Após saltar por muito tempo, sentiu-se perdido e resolveu pedir informações para um animal esquisito que estava pendurado no galho de uma árvore.
ELEOTÉRIO: Com licença, estou à procura do maior brejo do mundo. Você sabe onde fica?
APÓS MEIA HORA ERGUENDO O BRAÇO EM UMA DIREÇÃO, A PREGUIÇA LÍGIA LIGEIRA INFORMOU:
LÍGIA LIGEIRA: Éeeeeeeeeeee poooooooor aaaaaaaaaaaliiiiiii!
(A idéia desse momento é montar uma espécie de balanço com corda para o bicho preguiça ficar preso.)
NARRADOR: Eleotério agradeceu e seguiu animado, pois nada o faria desanimar. Saltou.... saltou... e nada, estava cansado. Um caminhão passou – vrrrrrruuummmmmm- e quase o atingiu. Desesperado, Eleotério saltou o mais rápido que podia.
(A idéia é um dos personagens usar uma caixa de papelão pintada e enfeitada com alças para simular um caminhão.)
ELEOTÉRIO: Ufa... ufa... ufa... Essa foi por pouco. Será que o maior brejo do mundo está longe?
NARRADOR: Anoiteceu e Eleotério sentiu saudades das poças de água do brejo. O calor estava insuportável. Cansado, adormeceu escondido no tronco oco de uma árvore.
SAPO BOI: O que você está fazendo em minha casa?
ELEOTÉRIO: E... e... Eu? Desculpe-me eu estava cansado e acabei dormindo aqui.
SAPO BOI: Pelo jeito, você não é daqui, não é? Eu sou Firmino.
ELEOTÉRIO: Meu nome é Eleotério ao seu dispor. Estou à procura do maior brejo do mundo.
SAPO BOI: Essa é boa! Nunca ouvi falar desse brejo. Isso é ilusão.
ELEOTÉRIO: Por que você não vem comigo? Estou em busca da felicidade.
SAPO BOI: Só falta você me dizer que acredita em história de sapo que vira príncipe!
ELEOTÉRIO: Acredito muito!
SAPO BOI: Tudo bem, vá em frente, mas não diga que eu não lhe avisei. Acho que já descobri qual o lugar que você chama de maior brejo do mundo. Vou lhe ensinar o caminho.
NARRADOR: Pela manhã, Eleotério saiu pulando em direção ao seu sonho. Horas depois, ele escutou a grande sinfonia das águas. Seus olhos brilharam de contentamento. Deslumbrado, ele pulou para a areia quente. (Tocar som de ondas do mar nesse momento)
ELEOTÉRIO: Aaaaai...... uuuui........ aaaaaaaaaaai... uuuuuuii.. Que coisa quente é essa?
NARRADOR: Saltando cada vez mais alto para não se queimar, ele caiu na água salgada do mar. Uma onda veio e arrastou Eleotério para o fundo. Ele tentou nadar e não conseguiu. Bebeu grande quantidade de água salgada. O pobre sapinho reuniu todas as suas forças, foi saltando em direção a um terreno próximo. ( Usar TNT azul para sincronizar o movimento das ondas do mar)
TININHA SAPINHA: Quem é você? O que você foi fazer no mar? Você poderia ter morrido...
ELEOTÉRIO: Eu não queria morrer, estava iludido. Pensei que era o maior brejo do mundo.
TININHA SAPINHA: Foi loucura fazer isso. Descanse, você precisa se recuperar das queimaduras.
NARRADOR: Eleotério dormiu e acordou um bom tempo depois, com uma chuvinha maravilhosa caindo sobre ele. (Tocar som de chuva) Recuperado, ele se levantou e deu alguns saltos, no que foi acompanhado por Tininha Sapinha. Eleotério, feliz uniu-se a Tininha Sapinha formando uma família naquele terreno e assim, passou a ensinar aos seus filhinhos:
ELEOTÉRIO: Nós os sapos, somos muito importantes nos brejos em que moramos. Ajudamos os homens a manter o equilíbrio da natureza. Deus sempre espera que façamos o melhor, onde quer que estejamos. Que saibamos ser úteis uns aos outros, praticar a caridade sempre pois só assim seremos felizes. Quando fizermos aos outros aquilo que queremos que os outros façam a nós.
EVANGELIZADOR ENTRA FAZENDO UMA REFLEXÃO SOBRE O AGRADECIMENTO A TUDO QUE TEMOS: O NOSSO LAR, A FAMÍLIA, O CORPO PERFEITO, O ALIMENTO DE CADA DIA, A ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL, A ESCOLA CONVENCIONAL... SÓ TEMOS RAZÕES PARA AGRADECER ...

Adaptação do Livro - O Maior Brejo do Mundo de Adeilson Salles
Editora FEB

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